Entre uma colônia de pescadores e um hotel cinco estrelas, no Largo da Mariquita, Rio Vermelho, fica o tradicional Mercado do Peixe. Ao contrário do que sugere o nome, o comércio do lugar gira em torno de refeições substanciais e bebibas, sobretudo, cerveja. Mas, segundo freqüentadores, o principal diferencial do lugar é que funciona 24 horas, todos os dias da semana. “De vez em quando, quando o movimento está parado a gente fecha na madrugada de domingo para segunda”, pondera Edileuza Sousa, 45 anos, cozinheira do box Malagueta.
Numa cidade em que as opções para virar a noite numa mesa de cerveja com os amigos é limitada, o Mercado do Peixe aparece como boa opção, com direito a vista para o mar e brisa, mesmo que não tenha banheiro, o que não é apontado pelo público como um grande problema.
os trinta boxes do Mercado oferecem, basicamente, o mesmo cardápio, que varia da maniçoba à rabada, passando pelo mocotó e sarapatel. As opções de bebida também não são muito variadas, apenas alguns bares buscam diferenciação, a exemplo do Malagueta que serve a “pinga com pimenta”. “O pessoal diz que é afrodisíaco, mas eu mesma nunca bebi”, afirma Maria da Glória.De acordo com Maria da Glória, 38 anos, atendente do mesmo box, há uma grande variedade no público freqüentador do Mercado: pescadores, trabalhadores da construção civil, estudantes, “gringos”, “grã-finos” e artistas. “Até Lázaro Ramos e aquele colega dele, como é que é o nome mesmo… Wagner Moura, Mateus Nachtergaele, todos esses já apareceram aqui”, afirma. Na madrugada, o lugar é procurado também por quem sai de boates e festas e procura um lugar para comer alguma coisa e beber a última cerveja antes de ir para casa.
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